sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ENCONTRA A CHAVE

Quando éramos crianças em crescimento, descobrimos que podíamos satisfazer nossas necessidades manipulando os adultos. Fomos tão bem-sucedidos em moldar e manipular o mundo que passamos a acreditar que a modificação do nosso ambiente seria o modo de resolver todos os nossos problemas. Bem, o tempo passou e crescemos. E ficamos satisfeitos quando ainda conseguimos manipular as pessoas ou quando buscamos a nossa satisfação no mundo exterior. Porém, a paz interior continua esquiva, como antes.
Com esse comentário veio à mente a fábula de Nasrudhin, o “sábio tolo”, que perdeu sua chave em algum lugar da sua casa. Mas foi procurá-la na rua “porque” diz ele, “aqui fora está mais claro”. Nós também procuramos a chave da realização no mundo exterior, porque esse é o mundo que melhor conhecemos. Sabemos com agir, sabemos como ajudar as pessoas, alimentando os famintos, saciando a sede dos sedentos. Mas, não sabemos como nos ajudar. Conhecemos muito pouco de nós mesmos. Não permitimos nos conhecer. Parece haver menos luz dentro de nós mesmo.
Alias, somos encorajados desde tenra idade a acreditar que o bem-estar exterior e a fonte das realizações. Aprendemos com os exemplos dos mais velhos que é importante controlar as coisas, e que as posses materiais oferecem segurança, e que fazer ou dizer algo é o modo certo de ganhar o amor dos outros.
Esse é o nosso vicio mais perigoso, nosso vicio às coisas. O vicio ao materialismo. Quando você sai do plano competitivo para o plano criativo, você pode sondar suas negociações mais estritamente.
“Não tente projetar sua força de vontade, seus pensamentos, ou sua mente para o espaço exterior para ‘agir’ sobre coisas ou em pessoas. Mantenha sua mente em sim mesmo. Ela pode realizar mais lá do que em qualquer outra parte”. (Ciência Para Ficar Rico. Wallace D. Watlles. 1910). Não seja um sábio tolo. Procure dentro de si a verdadeira chave.


Por Eugues Moura