terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

HABITOS MENTAIS - Final

O estudo da mente é um trabalho muito árduo, e sintetizam com a seguinte frase: “aquele que pensa que não pode desdobrar-se de modo que uma parte pense, enquanto a outra observa a primeira que pensa, sendo, nesse, caso o órgão observado e o órgão que observa a mesma coisa”. Portanto, a dificuldade adviria do fato de o eu humano identificar-se com a mente e não poder observá-la e analisá-la, objetivando-a.
Verdadeiramente, o “Eu Interior” não é a mente, não é o pensamento. É um centro de consciência, estável e imutável, que pode gerar o pensamento, colocar a mente em movimento, sem, contudo, identificar-se com ela
Todavia, mesmo sabendo intelectualmente que o “EU INTERIOR” não é o pensamento, não é fácil para todos senti-lo e reconhecê-lo.
“Pensamento é a atividade que percebe, elabora e coordena as representações; abstrai, compara, julga, raciocina”.
Pensar significa formular conceitos, ter idéias claras, raciocinar sobre qualquer assunto. Se não houvesse no homem essa atividade, a vida psíquica seria um emaranhado de sensações, de estados afetivos, desordenados e caótico, no qual ele se perderia, desorientado e confuso. O pensamento tem justamente, a função de organizar, reordenar, reelaborar todas as sensações e percepções que provem do mundo dos instintos, das emoções e do mundo objetivo, através dos cinco sentidos. Ele analisa e sintetiza, conhece e julga. Serve para associar, recordar, exprimir de maneira lógica e racional tudo aquilo que nos atinge por meio dos sentidos e do mecanismo emocional, criando, portanto, conceitos, idéias e suas próprias leis.
Assim podemos observar duas atividades do pensamento: o pensamento concreto e o abstrato, o lógico e o intuitivo.
O pensamento consiste:
a. em fazer com que voltem, por meio da atenção, as recordações sepultadas;
b. em utilizar as idéias que nos servem
c. em rejeitar as que não correspondem às nossas exigências.
Resumindo: “ A consciência não cria, apenas utiliza”.
Então sendo assim, devemos criar, paulatinamente, o hábito de nos analisarmos, tendo em mente, não somente elementos da consciência, como a existência de níveis inconsciente.

Por Eugues Moura
Colaboração: Gamaliel Di Srael

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

HABITOS MENTAIS - Parte IV

Os afetos são estados emotivos que nascem ano interior e projetam-se para exterior, representando o aspecto positivo, irradiante da vida emotiva, enquanto que as emoções são aspectos negativo, passivo e receptivo. Na esfera emotiva os afetos partem do interior, projetando-se para o exterior.
Os afetos, como as emoções, podem ser subdivididos em duas grandes categorias, sob o nome de amor-ódio, atração-repulsão.

Atração-Repulsão:
entre iguais
entre inferior e superior
entre superior e inferior

Na realidade, os afetos são sentimentos, estados de ânimo que além de se diferenciarem das emoções por seu caráter positivo e irradiante, também, por sua continuidade e duração. As emoções como já falaram anteriormente é súbita, rápida e efêmera e o afeto é uma emoção mais prolongada que nasce e morre lentamente, pois seu caráter fundamental e o da continuidade, da estabilidade e de maior profundidade.
O afeto não ofusca a mente. Às vezes o afeto pode tornar-se tão intenso e exclusivo, a ponto de transforma-se no que é comumente chamado de “paixão”, que pode tornar em um mal psíquico.
Essa curta analise das emoções e dos afetos mostra-nos que existe uma grande diferença entre ambos. Dai uma interessante observação: a pessoa emotiva não é necessariamente afetiva, isto é, a capacidade receptiva.

Próxima postagem: O pensamento e seus mecanismos.

Colaboração: Gamaliel Di Srael

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

HABITOS MENTAIS - Parte III


Para reestruturação de nossa personalidade precisamos compreender alguns elementos que compõe nosso ser subjetivo. Emoções, Afetos e os Pensamentos.
Existe uma grande diferença entre emoção e instinto. O instinto está ligado ao corpo físico, a passo que a emoção constitui um estado de psíquico que nasce no interior, sendo claramente impar do mecanismo físico, mesmo tendo fortes e evidentes repercussões sobre este.
No passado havia a crença de que as emoções eram de origem orgânica e não seria atribuído ao pensamento. E, portanto ficaria reduzida à sensação, a cinestesia, em outras palavras, a alterações mais ou menos profundas na consciência.
No entanto, foram lançadas por terra essa teoria.
Hoje se faz distinção entre as emoções mais grosseiras e as mais elevadas, afirmando que somente as primeiras implicam maiores repercussões físicas e estão intimamente ligadas ao corpo, enquanto as segundas podem ser independentes de reações físicas. Mas, não podemos desconsiderar a grande influencia de um estado emotivo sobre o físico e a estreita ligação entre o subjetivo e o corpo, a ponto de um nosso estado interno ser capaz de produzir alterações e desequilíbrios fisiológicos.
Então, a emoção nasce na consciência e, posteriormente, produz efeitos físicos. O mesmo ocorre com todos os outros estados se consciência, dos mais baixos aos mais elevados, uma vez que, a como se foi dito antes, a vida psicológica tem grande influencia sobre o corpo físico, seu instrumento de expressão.
Gente, não é fácil estudar e classificar os estados emotivos, pois a vida emocional, mesmo sendo a mais desenvolvida no homem e também a mais utilizada, é, igualmente, mas vaga, fugaz e inconstante. E é um estado psíquico bem distinto.
A palavra emoção vem do latim “e-movere” e quer dizer, precisamente, ‘movimento’. Com efeito, a energia emotiva é sempre móvel e inconstante.
A emoção é, portanto, um estado de agitação interna, repentino e intenso, quase sempre pouco durável. Enquanto perdura, a mente é, com freqüência, ofuscada e impedida de pensar, pois a agitação interna das ondas emotivas produz uma espécie de paralisia do pensamento, uma estase do processo intelectivo.

Afetos são estados emotivos que: Próximas postagens abordarão os assuntos (Afetos e Pensamento)

Por Eugues Moura

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

HABITOS MENTAIS - Parte II


Carl Jung diz que o homem sente, sobretudo na maturidade, uma ânsia inconsciente de atingir um objetivo, um ideal que não conhece conscientemente, mais eu de forma continua preme seu subconsciente. Essa ansiedade é a busca da plenitude do ser, ou seja, a misteriosa entidade do homem em sua totalidade e encontrar o eu interno.
No entanto o homem ignora suas mais elevadas possibilidades, pois tais coisas são para ele, inconscientes.
É necessário um estimulo externo, para que se cria uma ponte de ligação entre o eu consciente e o inconsciente, em certo sentido o reflexo do eu interior.
O autoconhecimento não é limitado a mente subjetiva. Mas para se descobrir é importante que se crie de maneira gradual, o hábito de analisar, levando em consideração, não somente elementos da consciência como também a existência de níveis inconscientes.
O olhar criterioso para nós mesmo, é uma importante maneira de descobrir os nossos próprios aspectos. Analisar-nos objetivamente, com todas as qualidades e defeitos fazer vir à luz as energias ocultas. E só então poderemos, de maneira profícua, inteligente e séria, realizar o verdadeiro trabalho de autoformação e reestruturação de nossa personalidade.

Próximo postagem: Hábitos mentais, Afeto e pensamento.

Por Eugues Moura

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

HABITOS MENTAIS - Parte I

Talvez pergunte o que são hábitos mentais? São aqueles que se formam espontaneamente e nosso intelecto, tornando-se como substrato da mente consciente, facilitando e simplificando seu trabalho. Até certo ponto esses hábitos mentais são úteis, pois, permitem-nos deslocar nossa atenção, gradativamente, para outros interesses e níveis de caráter superiores.
A nossa mente desenvolve infinitos atos de operações. Por outro lado a nossa mente inconsciente contém em si todo o potencial latente e os germes de qualidades e faculdades de caráter mais elevado.
A nossa mente inconsciente, com esse potencial ela amadurece e a frutifica antes mesmo que nos darmos conta.
Interessante observar que é necessária uma circunstância favorável, um caso de emergência para fazer aflorar essas qualidades. O fato é, em ocasiões de extrema necessidade, o ser humano pode revelar características de força, bondade, sacrifício e até mesmo heroísmo inimagináveis (exemplo: uma mãe vendo seu filho em afogamento, mesmo sem as técnicas de natação ela se lança nas águas para salvar seu rebento).
Vale destacar que uma situação de emergência que nos obrigue a assumir um posto diretivo, embora não sendo conhecedor, desenvolvemos ao poucos a capacidade organizadora, qualidade de justiça, imparcialidade, ordem e equilíbrio que se revelam como parte natural de nossa mente.

Próximo assunto: Hábitos mentais, sinal de amadurecimento...

Por Eugues Moura

domingo, 1 de fevereiro de 2009

MENTES E CORAÇÕES ABERTOS - Final

Um estudo sério e constante, esse é o primeiro passo para o autoconhecimento. A principio o estudo de si mesmo poderá parecer muito difícil e cheio de armadilhas, pois geralmente vivemos voltados para o exterior, conhecemos bem pouco do nosso aspecto interior e de nossa personalidade. Se realmente desejar o autoconhecimento, aprenderá, pouco a pouco, a familiarizar-se com o mundo interior ou mundo psíquico, entrará em contato com a parte mais profunda de si mesmo e iniciará, verdadeiramente, a descobrir aquilo que é, na realidade.
A excessiva extroversão é um obstáculo mais comum que tem que ser superada. A extroversão faz que o individuo se dirija a atenção para o mundo exterior, que se viva sempre em contato com objetos, voltando-se as costas à vida subjetiva.
A introversão e a extroversão: Introversão é o dirigir a atenção, o interesse para o interior, para a vida subjetiva. Extroversão, pelo contrário, é o dirigir a atenção para o mundo objetivo e externo.
Falando em termos gerais, somos predominantemente extrovertidos ou introvertido, por temperamento, hábitos, etc.
Por outro lado, a pessoa desenvolvida harmonicamente deveria poder alternar, de maneira rítmica, esses dois movimentos subjetivos, ambos necessários e úteis para um desenvolvimento sadio e equilibrado da personalidade.
Porém o que ocorre, é o predomínio de um desses movimentos o que da origem a dois tipos de psicológicos, claramente distintos. (o introvertido e o extrovertido).
Se formos preponderantemente extrovertidos, encontraremos uma dificuldade maior para o estudo de nós mesmos, pois deveremos vencer o hábito, que adquirimos, de sempre voltar à atenção para o exterior e, por um ato de vontade. Ao passo que o a introversão for mais forte, há mais facilidade em observar o que está dentro de cada um de nós.
Muitos males sobrevêm ao homem em virtude da continua fuga de si mesmo e ele, sem se dar conta, comete muitos erros que trazem conseqüências.
E os passos para começar a evitar esses erros são simples: [mudança de hábito]. Devemos desenvolver o hábito de ter, todos os dias, alguns momentos de recolhimento e de introspecção, fazendo uma pausa, uma suspensão cotidiana de nossa atividade externa para dedicar ao mundo subjetivo, pois ao contrário, seremos sempre seres imaturos, incompletos e infelizes.


Por Eugues Moura