terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ESTABELEÇA OBJETIVOS



“Estabelecer um objetivo é como plantar uma semente. Você a enterra, depois rega, expõe à luz do sol e fertiliza. Em algum momento do futuro, surge um brotinho. Você dá continuidade ao processo de cuidados até ter uma planta robusta e forte com brotos e frutos. Você não planta uma semente e fica só olhando para a terra, esperando resultados imediatos.”
Chérie Carter-Scott

A falta de objetivos de longo prazo é o grande responsável por estados depressivos, sensação de vazio, desperdício de tempo e falta de motivação. Se a pessoa não sabe por que faz as coisas, qual o resultado final desejado, se não tem motivos, a sensação de estar sendo inútil é inevitável. A sensação de que a vida não tem sentido, a falta de perspectiva de longo prazo causa depressão e falta de motivação.
Muitas pessoas dizem que não podem planejar a vida porque ela muda tanto que não conseguiriam cumprir o planejado. Imagine um viajante. Ele pega o carro, sai de São Paulo sem destino, pois “acha melhor e mais divertido sair por aí sem rumo”. No fundo, tem uma vaga ideia de que quer chegar a Fortaleza, mas não sabe muito bem para onde tem vontade de ir. Sem mapa e sem objetivo pega a estrada.
Ao longo do caminho, vai parando, conhecendo outras pessoas, fica um tempo em algumas cidades, passa rapidamente por outras… Em algum ponto do caminho entre o Rio e Vitória, ele encontra uma pessoa que o convence a ir a Cuiabá. Depois de passar um tempo nessa cidade, ele decide partir, outra vez sem rumo. Dessa vez, ele acaba em Brasília, após muitas paradas. De repente, ele se lembra de que gostaria de conhecer Fortaleza e que sua ideia inicial, apesar de vaga, era seguir para essa cidade. Entretanto, ele percebe que suas economias acabaram e que ele terá que voltar para São Paulo, pois já não tem condições de ficar viajando sem rumo por aí.
Não há problema algum em viver sem rumo se você não tem pretensão de chegar a lugar algum. No entanto, se você tem mesmo que somente uma vaga ideia do que quer conquistar na vida, é bom considerar a possibilidade de clarear suas ideias, definir bem o que você quer e começar a planejar, antes que as condições da própria vida impossibilitem que você realize seus sonhos.
A vida de muitas pessoas é como a do viajante sem rumo. Sem um planejamento, sem um objetivo e suas respectivas metas, o indivíduo acaba sendo governado pelas circunstâncias e pelas decisões de terceiros. Nesse caso, é claro que a vida vai mudar bastante, quando não há um controle e um foco, para onde o vento soprar, a pessoa segue. Esse controle não tem a pretensão, entretanto, de cercar a vida de métodos e sistemas, mas simplesmente de garantir que aquelas metas específicas que você deseja conquistar não se perderão em meio à confusão do dia-a-dia.
A intenção do planejamento não pode ser de controle absoluto, pois não somos oniscientes, não temos conhecimento das variáveis externas que atuam sobre nós, não podemos controlar as pessoas ao nosso redor nem as ocorrências do ambiente externo. Cada dia que vivemos é um território desconhecido. Podemos prever o que “queremos” fazer, mas não podemos ter certeza do que iremos de fato realizar. Querer controlar o tempo cronologicamente é ineficaz, pois as circunstâncias externas não vão deixar de acontecer porque você resolveu se organizar.
O método PEP (planejamento estratégico pessoal) leva essa realidade em consideração. O que algumas pessoas, que ainda mantêm-se contrárias à ideia de planejamento, devem compreender é que dentro da vida complexa e atribulada que levamos, precisamos escolher rumos, definir diretrizes e organizar nossos objetivos de forma a conseguirmos conquistar aquilo que desejamos, do contrário, ficaremos à mercê da própria vida e ela pode não saber onde queremos chegar… Da mesma forma, não podemos escolher baseando-nos somente em uma liberdade individual independente. Não vivemos isolados, o ambiente influencia nossas decisões. Há pessoas que em nome de uma liberdade utópica escolhem plantar no outono, o inverno vem e mata suas sementes e elas ainda ficam se perguntando o que foi que deu errado!
Algumas pessoas argumentam que não podemos controlar os eventos externos. Há quem diga até que não pode controlar as próprias reações. Eu digo que essas pessoas estão se esquivando da responsabilidade sobre a própria vida. De fato, não podemos controlar o que ocorre à nossa volta, mas não é essa a intenção da proatividade. O que ela nos diz é que nós temos o poder de escolher como os eventos externos nos afetarão.

Fran Christy

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