“Estabelecer um objetivo
é como plantar uma semente. Você a enterra, depois rega, expõe à luz do sol e
fertiliza. Em algum momento do futuro, surge um brotinho. Você dá continuidade
ao processo de cuidados até ter uma planta robusta e forte com brotos e frutos.
Você não planta uma semente e fica só olhando para a terra, esperando
resultados imediatos.”
Chérie Carter-Scott
A falta de objetivos de longo prazo é o grande
responsável por estados depressivos, sensação de vazio, desperdício de tempo e
falta de motivação. Se a pessoa não sabe por que faz as coisas, qual o
resultado final desejado, se não tem motivos, a sensação de estar sendo inútil
é inevitável. A sensação de que a vida não tem sentido, a falta de perspectiva
de longo prazo causa depressão e falta de motivação.
Muitas pessoas dizem que não podem planejar a
vida porque ela muda tanto que não conseguiriam cumprir o planejado. Imagine um
viajante. Ele pega o carro, sai de São Paulo sem destino, pois “acha melhor e
mais divertido sair por aí sem rumo”. No fundo, tem uma vaga ideia de que quer
chegar a Fortaleza, mas não sabe muito bem para onde tem vontade de ir. Sem mapa
e sem objetivo pega a estrada.
Ao longo do caminho, vai parando, conhecendo
outras pessoas, fica um tempo em algumas cidades, passa rapidamente por outras…
Em algum ponto do caminho entre o Rio e Vitória, ele encontra uma pessoa que o
convence a ir a Cuiabá. Depois de passar um tempo nessa cidade, ele decide
partir, outra vez sem rumo. Dessa vez, ele acaba em Brasília, após muitas
paradas. De repente, ele se lembra de que gostaria de conhecer Fortaleza e que
sua ideia inicial, apesar de vaga, era seguir para essa cidade. Entretanto, ele
percebe que suas economias acabaram e que ele terá que voltar para São Paulo,
pois já não tem condições de ficar viajando sem rumo por aí.
Não há problema algum em viver sem rumo se você
não tem pretensão de chegar a lugar algum. No entanto, se você tem mesmo que
somente uma vaga ideia do que quer conquistar na vida, é bom considerar a
possibilidade de clarear suas ideias, definir bem o que você quer e começar a
planejar, antes que as condições da própria vida impossibilitem que você
realize seus sonhos.
A vida de muitas pessoas é como a do viajante
sem rumo. Sem um planejamento, sem um objetivo e suas respectivas metas, o
indivíduo acaba sendo governado pelas circunstâncias e pelas decisões de
terceiros. Nesse caso, é claro que a vida vai mudar bastante, quando não há um
controle e um foco, para onde o vento soprar, a pessoa segue. Esse controle não
tem a pretensão, entretanto, de cercar a vida de métodos e sistemas, mas
simplesmente de garantir que aquelas metas específicas que você deseja
conquistar não se perderão em meio à confusão do dia-a-dia.
A intenção do planejamento não pode ser de
controle absoluto, pois não somos oniscientes, não temos conhecimento das
variáveis externas que atuam sobre nós, não podemos controlar as pessoas ao
nosso redor nem as ocorrências do ambiente externo. Cada dia que vivemos é um
território desconhecido. Podemos prever o que “queremos” fazer, mas não podemos
ter certeza do que iremos de fato realizar. Querer controlar o tempo cronologicamente
é ineficaz, pois as circunstâncias externas não vão deixar de acontecer porque
você resolveu se organizar.
O método PEP (planejamento estratégico pessoal)
leva essa realidade em consideração. O que algumas pessoas, que ainda mantêm-se
contrárias à ideia de planejamento, devem compreender é que dentro da vida
complexa e atribulada que levamos, precisamos escolher rumos, definir
diretrizes e organizar nossos objetivos de forma a conseguirmos conquistar
aquilo que desejamos, do contrário, ficaremos à mercê da própria vida e ela
pode não saber onde queremos chegar… Da mesma forma, não podemos escolher
baseando-nos somente em uma liberdade individual independente. Não vivemos
isolados, o ambiente influencia nossas decisões. Há pessoas que em nome de uma
liberdade utópica escolhem plantar no outono, o inverno vem e mata suas
sementes e elas ainda ficam se perguntando o que foi que deu errado!
Algumas pessoas argumentam que não podemos
controlar os eventos externos. Há quem diga até que não pode controlar as
próprias reações. Eu digo que essas pessoas estão se esquivando da
responsabilidade sobre a própria vida. De fato, não podemos controlar o que
ocorre à nossa volta, mas não é essa a intenção da proatividade. O que ela nos
diz é que nós temos o poder de escolher como os eventos externos nos afetarão.
Fran
Christy
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